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O ANTIGO REINO DA LÍDIA

Foto do escritor: CarolíngioCarolíngio

Atualizado: 14 de mai. de 2019

A Lídia era um reino antigo da Anatólia, entre os anos de 1200 a.C. até 546 a.C. A capital real da Lídia era Sardis. Todo o reino contava com terras e campos férteis, especialmente a região de sua capital. Além disso, a terra era rica em cavalos, dava um bom vinho, açafrão, zinco e outros metais, com destaque ao ouro que tornava o reino bastante rico.


Os habitantes de Lídia, tiv eram um certo declínio cultural, logo no começo da vida do reino, pois este pertencia a uma raça não definida, fortemente influenciada pelos Hititas; As dinastias reais da Lídia pertenciam, supostamente, e etnia hitita. A língua da população era reconhecida como Lídia, ao grupo da Anatólia, do ramo de línguas Indo-Europeu. A escrita - Era o alfabeto lidiano, possuía recordações do grego.


História


A história do Estado da Lídia nos remete a uma reflexão semi-lendária da antiga tradição literária e da fragmentada informação dos Orientais, principalmente os textos assírios. Mas as tentativas científicas de reconstruir a história da Lídia está extremamente conectada com os progressos arqueológicos e as escavações, que são sistematicamente conduzidas com sucesso desde 1958 até o dia presente na capital do antigo reino da Lídia, em sua capital Sardis. A região central do país foi nomeada após a capital.


Em sua política estrutural, Lídia era uma monarquia. Na cabeça do Estado estava o rei. O suporte ao seu poder era feito por destacamentos de guardas costas leais e um exército; A principal função era feita pela famosa cavalaria da Lídia e seus carros de guerra. Os reis da Lídia costumavam recrutar mercenários, muitas vezes seus vizinhos: Carianos, Jônios e Lícianos. A função principal na corte era feita pelos então chamados co-governantes, que vinham de famílias aristocráticas. Talvez, poderia ser um conselho aristocrático. Para peticionar acerca de política externa e interna, uma assembleia nacional era convocada. Entretanto, gradativamente o aumento de poder dos reis, caiu em insignificância. A vida social e política da Lídia arcaica e as relações sociais acabaram sobrevivendo: a divisão de tarefas conforme os traços de uma tribo, o costume dos ancestrais, antigas normas genéricas de leis.


O auge do reino da Lídia ficou cerca dos séculos sétimo e sexto antes de cristo, quando a dinastia dos Mermnados entrou no poder, fundando por Giges (estamos falando de século sétimo). Ele veio de uma família nobre, mas não real e foi tomando poder na vida palaciana. Giges foi um dos reis da Lídia mais poderosos. Anexou parte da Phyrgia e Caria, Troas e Misia. Graças a estas conquistas, a Lídia ganhou acesso a um dos estreitos mais importantes e das rotas comerciais para a Região do Mar Negro.


Com a Jônia, lutaram uma guerra de quase um século e meio; Os Lídios queimaram jardins, destruíram cidades e saquearam templos. A cultura jônica penetrou na corte Mermanada e gradativamente facilitou a alteração de traços dos seus predecessores - Os Hititas e os Assírios.


A invasão dos cimérios forçou Giges a pedir ajuda ao Rei da Assíria, Ashurbanipal; Ele ajudou, mas exigiu tributos. Quando Giges parou de pagar os tributos e enviou mercenários carianos e jônios para o indignado Psammetich I, os cimérios invadiram novamente a Lídia. Durante a invasão, Giges foi morto e a Lídia devastada e Sardis tomada, com exceção da fortaleza interior (650 a.C.).


Ardis II, filho de Giges, conseguiu recuperar a maioria dos territórios perdidos e se expandiu as custas dos assentamentos gregos. Após começar a guerra com Mileto, Ardis cortou outra cidade importante da União Jônica, tomando a acrópole fortificada de Priena.


Sadiatt (630 a 618 a.C.), o próximo rei, duas vezes derrotou a infantaria da cidade de Mileto no Vale Meadra. Aliat (617 - 560 a.C.), desesperadamente tentou tomar Mileto com um assalto, decidiu posteriormente fazer a cidade render-se por meio da fome, mas sem sucesso. Fez a paz com Mileto e buscou estabelecer sua autoridade suprema no banco esquerdo do Galis, quando encontrou Kiaksar Mediano. A guerra durou 6 anos, com as balanças de sucesso alterando facilmente. A guerra entre a Lídia e os Medianos acabou em paz, e sua conclusão foi influenciada pelo eclipse solar de 28 de maio de 585 a.C., reconhecido como um mal presságio. As fronteiras entre estes Estados beligerantes ficou firmada como o Rio Galis. O tratado foi firmado com um casamento dinástico: O príncipe mediano Astyages casaria com a princesa lidiana.


O maior sucesso da política externa de Lídia foi durante a expulsão das tribos guerreiras dos cimérios da Ásia Menor. Após esta guerra, Aliatta tentou aumentar sua influência até Éfeso; Os últimos anos de sua vida foram feitos para construir uma tumba gigante.


A política externa da Lídia declinou no reinado de Creus (562 - 547 a.C.). Ele conquistou algumas cidades na Anatólia, forçando-as a pagar tributo. Mas em 546 a.C. o reino da Lídia foi destruído pelo rei persa Ciro e desde então a Lídia sempre esteve dominada pelos persas, macedônios, sírios e romanos.


Mapa da Lídia e de suas influências territoriais

Cultura


A cultura lidiana é complexa e um fenômeno diverso. Os lidianos tinham seu alfabeto quase que "emprestado" dos gregos da Anatólia. Os lidianos eram populares por suas seus jogos ginásticos militares e danças militares, vários jogos de dados e cubos. Existia uma grande cultura musical naquele reino. Na Lídia, a medicina era bastante desenvolvida.


Os lidianos construíam fortalezas impenetráveis, tumbas reais monumentais, complexos de reservatórios artificiais. Na religião lidiana, eles cultuavam a morte e a ressurreição como divindades, e aos mistérios orgiásticos em suas hontas, eram muito comuns. A cultura lidiana deu um impacto na grega, que possibilitou várias conquistas gregas no leste.


Economia


A base da economia da Lidia era o desenvolvimento da ecnomia por meio da agricultura. A riqueza dos metais (ouro, prata, ferro, cobre, zinco) contibuiam para o florescimento da produção metalúrgica. Os lidianos fizeram tecidos caros, roupas luxuosas, chapéus, sapatos. As cerâmicas Lidianas também eram bastante famosas.

A Lídia tinha sua própria moeda - O meio mais conveniente de circulação de riqueza no comércio. No século sétimo a.C. sob o Rei Gigese, uma moeda feita de liga de ouro e prata, era cunhada. O sistema monetário lidiano era bastante usado.



Tradução de: About History - The Ancient Kingdom of Lydia (1200 - 546 BC);

- Barclay V. Head, “The coinage of Lydia and Persia”;

- Maspero, “The Ancient History of the Peoples of the East”.


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