Espanhóis Assaltam Tenochtitlan.
Eu fiz, mais poderoso Senhor, no campo durante o caminho com duzentos homens de infantaria espanhola, dentre eles vinte e cinco arqueiros e mosqueteiros, homens exclusivos dos Bergantins, que somavam mais de duzentos e cinquenta homens. Tinham o objetivo de mantermos o inimigo perto e investir contra ele e reter o máximo de guerreiros aliados possível, eu resolvi entrar na cidade o mais rápido e que os bergantins providenciassem suporte pelos lados no caminho. Eu ainda direcionei que homens montados e infantaria da divisão de Cuyoacan, reparassem o campo, uma vez que eles poderiam entrar conosco e dez cavaleiros deveriam ficar n parte de trás do caminho, na parte esquerda, como suporte. Mas alguns dos aliados deixados em Cuyoacan se rebelaram e se prepararam para defender a cidade, entre os habitantes das cidades de Suchimilco, Culuacan, Iztapalapa, Chilobusco, Mexicalcingo, Cuitaguacad e Mizquique, todas entre o rio. Estes, planejando nos atacar pela retaguarda, eu ordenei dez ou doze cavaleiros para guardar a passagem e o resto para manter posição em Cuyoacan, juntos com mais de dez mil aliados. Eu também ordenei a Pedro de Alvarado para atacar a cidade de seus postos no mesmo tempo que desse a ordem para ganharmos o máximo de terreno ao meu lado.
Feito os preparativos, eu avancei do campo na manhã seguinte e marchei a pé para a cidade. Logo encontramos o inimigo em uma posição defensiva, defendendo uma brecha feita na estrada, tão larga quanto o comprimento de uma lança e de mesma profundidade, onde estavam formaram um entrincheiramento. Tomou-se ação, do qual houve valor dos dois lados. Por comprimento prevalecemos e os perseguimos até a rota de caminho, no momento em que nos deparamos com a entrada da cidade, onde se erguia uma torre com ídolos e próximo a sua base estava uma grande ponte que fora erguida, baixo o qual a rua de água fluía, defendida por uma forte trincheira. Assim que chegamos ao local, o inimigo começou a nos atacar; Mas os bergantins estavam em amos os lados da estrada e nós tomamos as trincheiras sem nenhuma perda, o que seria impossível sem a ajuda dos bergantins. Quando o inimigo começou a abandonar a posição, as tropas nos bergantins desembarcaram e nós passamos pelas águas pelos seus meios (pontes), junto com os aliados de Tlaxcala, Guajocingo e Tesaico, todos somando uns oito mil homens. Enquanto estávamos empregados em encher com pedra e tijolos a ponte, os espanhóis ganharam outra trincheira na rua principal de toda a cidade. Assim como não continha água, a trincheira foi facilmente tomada. Então eles perseguiram seu caminho até a rua que encontraram uma nova ponte, onde o inimigo estava aguardando, com exceção de apenas uma peça de madeira, sobre a qual eles passaram. Chegando ao local com segurança, garantiram a segurança pela intervenção da água e imediatamente tiraram o feixe de madeira. Em outra parte do terreno próximo a ponte do lado oposto, o inimigo havia construído outro grande entrincheiramento de cerâmica e tijolos. Quando chegamos a este local, não conseguimos atravessar sem nos arriscarmos a entrar na água e isso era extremamente perigoso, pois os habitantes lutavam com um valor resoluto. Em ambos la lados da rua tinha uma imensa multidão que nos atacava com coragem tudo quanto era coisa, de seus terraços: Mas quando um número de arqueiros e mosqueteiros chegaram e nós descarregamos dois canhões para tomar a rua, nós fizemos um grande erro.
Este capítulo da carta continua explicando todos os meios possíveis que os espanhóis puderam entrar na cidade mas então tiveram de fugir, assim que os Mexicas começaram a atirar dardos e flechas dos telhados e terraços. Cortés viu apenas uma solução: Queimar toda a cidade, até que não houvesse mais casas com telhados e consequentemente, as pessoas não teriam terrenos elevados para arremessar e atirar.
Hernán Cortés, Terceira Carta, Páginas 270 -272.

Fonte: American Historical Association.
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